Um grupo de ambientalistas abriu uma campanha para evitar o fechamento definitivo do Jardim Zoológico da cidade, que, desde o dia 2 de janeiro deste ano, está fechado à visitação pública. A ONG AVE se dispõe a coordenar um projeto para assegurar o funcionamento do único zoológico do Norte de Minas. Nesta sexta-feira, às 16 horas, os mentores do movimento estarão reunidos no Jardim Zoológico, para decidirem qual proposta querem fazer à Prefeitura de Montes Claros. O secretário municipal de meio ambiente, Paulo Ribeiro, explica que o zoológico custa R$200 mil por mês e está sendo analisada a possibilidade de seu fechamento em definitivo.
O secretário municipal explica que o Jardim Zoológico de Montes Claros somente tem animais que foram apreendidos ou recuperados pelo Instituto Estadual de Florestas e IBAMA, que estão em recuperação ou tratamento. Os animais não podem ser soltos em área aberta. Os custos com a manutenção ficam todos com a Prefeitura, que, por isso, está buscando as parcerias. Ele afirma que tem conhecimento da articulação feita pela ONG AVE, mas precisa saber qual proposta será formulada. A Prefeitura de Montes Claros se dispõe a participar deste esforço e que as universidades e faculdades da área podem participar deste projeto.
O professor universitário Délcio Rocha, do Conselho Municipal de Bem Estar Animal, explica que a ONG AVE se uniu ao Instituto de Ciências Agrárias da UFMG, Funorte, Faculdades Ibituruna, Pitágoras e Santo Agostinho onde existem os cursos de biologia, medicina veterinária e zootecnia, além da Ordem dos Advogados do Brasil para garantir o funcionamento do Zoológico. Ele explica que a UFMG propôs a criação do Centro de Triagem, no campus de Montes Claros e Centro de Recuperação, na antiga área da Fazendinha do Menor, mas o pedido esbarra na burocracia em Brasília, já que o pedido tramita há dois anos sem qualquer manifestação.