Cerca de 70 mil cães e gatos vivem nas ruas de Montes Claros

De acordo com o Centro de Controle de Zoonoses – CCZ de Montes Claros, nas ruas da cidade e da região rural vivem mais de 70 mil cães e gatos abandonados. Além de maus-tratos, os animais também ficam expostos a diversos tipos de doenças. Eles ainda causam acidentes, sofrendo ferimentos que na maioria das vezes levam ao óbito.

A Ong montes-clarense Apelo Canino foi criada em 2010 com o intuito de buscar políticas públicas voltadas para os animais e amparar cães e gatos abandonados.

A Ong Apelo Canino é uma entidade sem fins lucrativos e que sobrevive de doações, tanto de medicamentos, quanto de ração para os animais, dinheiro para pagar as contas de luz, aluguel e consultas com médicos veterinários.

CASOS TRISTES
Um dos casos que a protetora considera dos mais tristes, foi o de um cachorro que tinha dono, mas que sempre saía sozinho pelas ruas da cidade. Em uma dessas saídas, ele foi atropelado e os donos não deixaram que entrasse ferido na residência. O cão machucado ficou dias na porta da casa dos proprietários, sob sol e chuva.

Recolhemos o animal ferido e ele não andava mais. Os vizinhos relataram que o cachorro arranhava o portão, chorava “pedindo” para entrar e os donos nem comida davam para ele. Cuidamos dele, que estava com um tumor, e ele ficou com a gente no abrigo até ficar velhinho – recorda Cecília.

ADOÇÃO
Quem tiver interesse em adotar um cachorro, ou um gato, deve encaminhar mensagem através do site www.apelocanino.org ou pela página no Facebook Apelo Canino. Depois, os protetores avaliarão se o adotante possui alguns critérios básicos para possuir animal de estimação, como tempo e espaço em casa.

Durante a administração do prefeito Ruy Muniz, o município elaborou e realizou diversos projetos voltados para a proteção dos animais de Montes Claros, principalmente cães e gatos.

Por força dessas iniciativas da administração anterior, o CCZ começou a recolher, em julho de 2016, os cães das ruas, efetuando a sua castração em duas clínicas veterinárias que venceram o processo de licitação. O CCZ também distribuiu por toda a cidade e zona rural a coleira “scalibor”, como prevenção para que o animal não contraia doenças transmitidas por mosquitos. Muitos proprietários utilizaram esses projetos para garantir, de graça, os cuidados necessários com os seus animais. A expectativa é de que o serviço seja mantido, mas o fato é que ele já foi interrompido pela atual gestão.

Fonte: O Norte