A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que apura maus tratos aos animais esteve em Montes Claros nesta segunda-feira (30) para verificar as boas práticas relacionadas, na região, em relação à proteção dos animais
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que apura maus tratos aos animais esteve em Montes Claros nesta segunda-feira (30) para verificar as boas práticas relacionadas, na região, em relação à proteção dos animais.
A audiência teve a coautoria da deputada Raquel Muniz (PSC/MG) e contou ainda com a participação do presidente da Comissão, deputado Ricardo Izar (PSD/SP), da promotora de Meio Ambiente, Aloisia Beraldo, do prefeito Ruy Muniz, além de representantes de secretarias municipais e de entidades ligadas à proteção dos direitos dos animais.
A deputada Raquel Muniz afirmou que Montes Claros deu o pontapé inicial para as discussões sobre os direitos dos animais. Ela explicou que nos últimos tempos houve mudança profunda na forma de se conduzir esses direitos.
“Animal hoje possui direito à vida, ao bem estar. Devemos dar um basta nos maus tratos, em animais que conduzem cargas, em festas que abusam da integridade física. Devemos acabar como esses absurdos”, disse a deputada.
O presidente da CPI, deputado Ricardo Izar, também falou sobre o processo de mudanças conquistadas em prol dos direitos doa animais.
“Não podemos admitir, em pleno século XXI, que situações de maus tratos fiquem impunes. Temos trabalhado na aprovação de penas mais rígidas e no combate a práticas que muitas vezes são consideradas tradicionais, mas que refletem uma barbárie sem limites”, observou.
A promotora de Meio Ambiente, Aloisia Beraldo, apresentou a evolução histórica na legislação, que deixou de tratar o animal como um bem. A promotora ainda chamou a atenção para o alarmante número de animais nas ruas de Montes Claros.
“Há uma estimativa de que existam hoje cerca de 8 mil cães nas ruas da cidade. O controle de natalidade deve ser uma medida urgente. No decorrer dos anos, acabar com o conceito de animal como um ‘bem’ já foi uma evolução, mas é preciso efetivar ainda mais as políticas públicas para que os direitos sejam reconhecidos”, explicou.
O Norte