CPI dos Maus Tratos: Prefeito quer acabar com as carroças

Se depender da administração municipal, o transporte por tração animal – carroças-, está com os dias contados em Montes Claros. É que o prefeito Ruy Muniz, do PSD, busca o apoio da Câmara Municipal para aprovar projeto que proíbe este meio de transporte no Município, por considerá-lo fora da realidade, ao maltratar os animais. O chefe do Executivo externou a necessidade de colocar a medida em prática ao participar de reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Maus Tratos aos Animas da Câmara dos Deputados, realizada na manhã dessa segunda-feira, no Plenário da Câmara Municipal, com a participação de vereadores e representantes de diferentes setores da sociedade. Ele acenou com a possibilidade de ajudar estas pessoas a comprar motos e carretas para trabalhar e sustentar suas famílias.

Embora seja polo regional e uma das cidade que mais crescem em Minas, com mais de 400 mil habitantes, o prefeito entende que Montes Claros está na contramão da direção quando se trata de transporte por tração animal. Disse que é inadmissível continuar admitindo esta atividade, por uma série de fatores. Além de significar agressão aos animais – cavalos e burros -, sempre maltratados, contribui para sujar a cidade ao jogar lixo e entulho em espaços públicos limpos pelo governo municipal, mas sujos reiteradas vezes.

“Temos que tomar uma decisão para impedir este meio de transporte, que faz maldade com os animais”, afirmou Ruy Muniz ao garantir que pretende elaborar projeto com este objetivo para enviar à Câmara. Disse que espera contar com o apoio de sua base de sustentação para proibir este meio de transporte, que não é mais visto nos centros urbanos. “Não podemos fechar os olhos diante de tanta maldade com os animais”, garante, ao frisar que este problema se arrasta ao longo do tempo, mas ninguém se propõe em enfrentá-lo por questões políticas, ao temer prejuízos nas urnas.

A intenção de Ruy Muniz é de aprovar este projeto o quanto antes, para que seja sancionado e seus efeitos práticos se façam sentir a partir de de janeiro próximo. Ele reafirma que a situação é mais grave do que se imagina, ao frisar que no início do mandato imaginava que houvesse cerca de 500 carroceiros na cidade, mas um levantamento mais detalhado constatou a existência de mais de cinco mil. De acordo com o prefeito, até servidores públicos municipais e estaduais exploram a atividade. Segundo ele, com a proibição os carroceiros podem contar com a ajuda do governo municipal para adquirir pequenas carretas para trabalhar. Destacou o caráter pedagógico da CPI de defender os direitos dos animais.

Fonte: JN Notícias