O setor de saúde pública de Montes Claros está impedido de atender a população com vacinas contra raiva de cultivo celular (VAHR ou antirrábicas). O produto está em falta desde o dia 30 de dezembro de 2015. A responsabilidade do desabastecimento, porém, não é do município, mas do Governo de Minas Gerais, que não tem estoques estratégicos para suprir a demanda. A vacina, na verdade, está faltando até mesmo para a rede particular de saúde em Minas Gerais.
Em nota oficial, emitida no primeiro dia de dezembro do ano passado, a Secretaria de Estado da Saúde, através da Subsecretaria de Vigilância e Proteção à Saúde, admitiu o desabastecimento e esclareceu que “em Minas Gerais o momento é crítico”, não informando, entretanto, quando as vacinas estarão novamente à disposição dos usuários da rede pública de saúde. A informação é de que elas não estariam sendo produzidas por laboratórios no estado.
ALTERNATIVA
Devido ao desabastecimento, em Montes Claros, a Secretaria Municipal de Saúde buscou alternativas para enfrentar a situação. Achou necessário definir apenas uma unidade de referência para atender a demanda. Assim, o atendimento está concentrado somente no Posto de Saúde do Bairro Major Prates. A medida foi tomada para evitar que o cidadão perca tempo recorrendo, em vão, a outras unidades de saúde, em busca da vacina, aplicada em pessoas que são mordidas por mamíferos como cachorros, gatos, morcegos e macacos entre outros.
“Por conta dessa situação, estamos fazendo apenas o primeiro atendimento e passando a descrição da vacina ao paciente. Se for necessário, fazemos ainda os curativos”, informa Pamela Scarlett, funcionária do Posto de Saúde do Major Prates, acrescentando que a demanda pela vacina “nesses dias, tem sido normal”.
Após o primeiro atendimento no Posto de Saúde do Major Prates, ainda segundo o esquema montado pela Secretaria Municipal de Saúde, o nome do usuário é incluído em uma lista, com seu endereço e o número de doses de vacinas a serem administradas. Essa lista e a notificação são encaminhadas para a Superintendência Regional de Saúde que avaliará, observando critérios do Ministério da Saúde, a liberação da vacina, nominalmente, e a sua quantidade necessária.
Fonte Ascom | Prefeitura de Montes Claros