Em Londres, James conta que agora Bob, o bicho, só come ração de primeira. A refeição custa o equivalente a R$ 400 por mês.
A história de um morador de rua de Londres, na Inglaterra, é diferente. Tem a ver com o sofrimento das drogas e com a importância de uma amizade.
Um miado salvou duas vidas. A do próprio gato e a do rapaz que encontrou o bicho, machucado, miando de dor no centro de Londres. O gato é Bob, o rapaz é James. Um músico de rua que por 10 anos foi viciado em heroína.
Bob era o parceiro que faltava para James. O gato deu à vida do músico um novo sentido. Para cuidar do bicho, ele decidiu largar as drogas. A dupla passou a fazer o maior sucesso com o público. Só faltava um livro: ‘Um gato de rua chamado Bob’ se transformou no maior fenômeno editorial na Grã-Bretanha. Já foi traduzido para 16 idiomas, inclusive português.
Agora, o gato e o dono mal conseguem trabalhar por causa da fama. James é obrigado a parar de cantar a todo instante para tirar fotos e vender o livro, que vem autografado pelo autor e também por seu principal personagem.
“Ele me dá amor, não exige nada em troca além de amor também. Acho que qualquer bichinho de estimação pode fazer esse papel. Bob teve o mérito de me devolver o senso de responsabilidade”, relata James.
James conta que agora Bob só come ração de primeira. A refeição custa o equivalente a R$ 400 por mês. Apenas um quinto do que James gastava com drogas até cinco anos atrás.
“Estou limpo. Reatei relações com meus pais e irmãos e tenho amigos de novo”, comemora James.
Mas nenhum mais próximo do que Bob. O gato que continua nas ruas, só que agora, bem acompanhado.
Fonte: Jornal Nacional