A cidade de Montes Claros está com 720 cães soltos pelas ruas, contaminados com leishmaniose e com risco de transmitir o calazar para a população. O problema é que as duas carrocinhas, que fazem a apreensão dos animais, estão quebradas e a eutanásia dos cães somente é realizada quando a própria população faz a entrega voluntária no Centro de Controle de Zoonose. O jornal GAZETA teve acesso ao relatório, o qual mostra que 9.618 animais foram examinados na cidade, onde se constatou que 3.331 deram o resultado positivo de leishmaniose. Novo exame foi realizado, quando se chegou ao número definitivo de 1.637 cães. Destes 917 foram apreendidos e eutanasiados. O restante, 720 cães doentes, segundo o relatório apresentado, estão soltos pelas ruas.
Neste ano já foram eutanasiados 1.575 cães em Montes Claros, sendo 658 deles levados pelos donos dos animais depois de constatada a doença. Na manhã de ontem foi encerrada a Semana Nacional de Leishmaniose em Montes Claros, com atividades na praça Doutor Carlos, em evento que reuniu a Polícia Militar, com o Pelotão de Cães; assim como a Secretaria Municipal de Saúde e Empresa Municipal de Trânsito e Transportes. Os indicadores apontam que Montes Claros tem aproximadamente 70 mil cães, quando deveria ser no máximo 45 mil. Isso preocupa as autoridades sanitárias, pois corre risco de transmissão da doença.
Nesse ano a cidade de Montes Claros teve 23 pessoas com a Leishmaniose, sendo que duas pessoas morreram, nos bairros Morrinhos e São Geraldo. Desde o dia 11 começou a ser realizada a Semana Municipal da Leishmaniose, cumprindo programação nacional. Com isso, ocorreram palestras nas escolas Afonso Salgado e Conceição Avelar, que ficam no Grande Santos Reis e apresentam indicadores de superpopulação de cães. Também ocorreram blitzes nas ruas centrais da cidade.