Na última sexta-feira, 19 de maio, foi discutida a situação dos animais de Montes Claros. O encontro ocorreu na antiga sala da Câmara Municipal, a convite do vereador Soter Magno (PP), com o objetivo de levantar propostas e encontrar soluções para esse problema.
As cidades devem ser entendidas como um “espaço de vida”. E nesse espaço vital convivem animais humanos e não humanos. A busca de uma convivência harmoniosa entre as diversas espécies deve ser a tônica de um pensamento moderno, devendo ser praticada pelos gestores públicos.
Ao longo de anos o município de Montes Claros trabalhou com a captura e o extermínio de cães e gatos de forma sistemática e indiscriminada. Não se pode mais admitir práticas cruéis no trato com os animais e muito menos pensar em seu extermínio quando a situação foge do controle, visando somente benefícios ao ser humano.
Estima-se que a população animal de Montes Claros gira em torno de 66 mil cães e 14 mil gatos, entre animais errantes e domiciliados, segundo levantamento da Secretaria Municipal de Saúde do Município (2014). Sem uma política pública eficiente e ética de controle e esterilização, esses animais continuam se multiplicando em progressão geométrica, perenizando o ciclo de sofrimento, abandono, fome e maus-tratos. Não enfrentar a questão é desatender às normas de saúde pública, mesmo porque, o aumento do número de animais de rua, não vacinados e não assistidos, é fator facilitador da disseminação de doenças e zoonoses.
Somente o esforço coletivo e sinérgico dos vários segmentos da sociedade envolvidos na problemática poderá dar respostas aos anseios da população de Montes Claros e solução para esses problemas.