Os vereadores montes-clarenses adiaram mais uma vez a votação do projeto que pretende impedir soltar foguetes e outros fogos de artifícios que provoquem poluição sonora na cidade e isso irritou os protetores de animais, que insatisfeitos viraram as costas para o plenário. O adiamento dessa vez foi a pedido do vereador Rodrigo Maia, que alertou sobre a palavra “manuseio” no projeto, pois com isso, os comerciantes da cidade sequer podem receber as cargas do produto. O vereador Fábio Neves, autor do projeto, se recusou a retirar o projeto para ser feita essa adaptação. O adiamento foi aprovado por 15 dos vereadores presentes.
Antes mesmo de o projeto ser colocado na discussão, o vereador Fabio Neves se reuniu com os protetores de animais, quando alertou que estava sendo feita manobra de alguns vereadores para adiar a votação ou então reprova-lo. O vereador Soter Magno, que estava com os protetores de animais, garantiu que o projeto seria aprovado, tranquilizando as mais de 30 pessoas no local. Na hora da votação, Fabio Neves anunciou que tinha retirado do texto a proibição de comercialização, para não prejudicar a atividade dos lojistas que atuam nessa área.
Na hora da discussão sobre o projeto, a vereadora Maria Helena explicou que tinha pedido adiamento do projeto na semana passada por entender que os vereadores deveriam conhecer o seu conteúdo, mas não era contra e sempre defendeu a causa animal. Porém o vereador Rodrigo Maia mostrou que apesar de retirar a proibição de comercialização, o vereador Fábio Neves manteve a proibição de manuseio e isso implica que nenhuma carga poderia chegar à cidade para ser levada as lojas, pois isso configuraria manuseio e poderia desaguar na Justiça, questionando esse aspecto. O assunto gerou muita polêmica.
O autor do projeto salientou que lei similar foi implantada em São Paulo, Santa Catarina e diversas cidades brasileiras, como Belo Horizonte, Governador Valadares e Cataguases, em Minas Gerais. Citou que o contexto da palavra manuseio era para quem quisesse soltar o foguete e não de impedir a descarga de caminhões. O pedido de adiamento foi levado à votação, sendo aprovado por 15 vereadores. Com isso, o projeto voltará na reunião do dia 5 de novembro. Isso irritou os protetores de animais, que viraram as costas para os vereadores, com cartazes de protestos.
Fonte: Gazeta Norte Mineira