Veterinária faz alerta sobre os riscos da picada de escorpião nos pets e orienta tutores

Adaptados ao ambiente urbano, escorpiões se proliferam e picam cada vez mais

Segundo especialista, dependendo do tipo do escorpião e da quantidade de veneno, uma picada pode representar risco de morte do animal.

Muito bem adaptado ao ambiente urbano, onde encontra abrigo e alimento, o surgimento de animais peçonhentos, como o escorpião, tem sido cada vez maior. Estes animais procuram áreas mais frescas e úmidas para se abrigarem. Bueiros, terrenos baldios e locais com objetos entulhados são alguns dos mais visados e, infelizmente, muitas vezes a nossa casa torna-se um lugar ideal para a proliferação dos peçonhentos.

Além do perigo para os humanos, os cães e gatos também se tornam alvos fáceis dos escorpiões. De acordo a veterinária Ana Lorena Costa de Oliveira, a preocupação maior do dono do animal é a maneira correta de agir, caso o cachorro seja picado pelo peçonhento.

“O mais difícil é saber o que aconteceu com o animal, se você não presenciar o ataque. Em alguns casos, é possível visualizar o ferrão que ficará na pele do cão ou gato. Caso não consiga ver o ferrão, o dono deve prestar atenção na reação do cachorro, para que possa prestar a assistência veterinária o mais rápido possível”, explica Ana Lorena.

A secretária Maria Cristina da Silva Rocha, tutora do pinscher Messy de nove anos, conta que sofreu com essa situação. Quando o seu pet foi picado pelo escorpião ficou apreensiva e não sabia o que fazer.

“Nós acordamos de madrugada com o cachorrinho chorando no quintal. Quando fui ver o que tinha acontecido ele estava com a patinha levantada e chorando. Eu até pensei que tinha se machucado brincando, já que ele é muito brincalhão. Mas como aqui na região já tem costume de aparecer muitos escorpiões eu suspeitei que era a picada e procurei no local onde Messy costuma dormir e encontrei o escorpião lá. Procurei ajuda e a veterinária me orientou a dar analgésico para diminuir a dor”, relata Maria Cristina.

Sintomas

A veterinária Ana Lorena ainda explica que dependendo do tipo do escorpião e da quantidade de veneno injetada, uma picada pode representar risco de morte do animal. “A dor no local da picada é muito grande necessitando de tratamento com analgésicos para maior conforto do animal,” diz especialista.

Outros sintomas mais frequentes nos animais, de acordo com a especialista, são salivação intensa, cansaço, náuseas, diarreia, dor abdominal, tremores, espasmos musculares, arritmias cardíacas, convulsões. Ela ainda destaca que é normal que o local atingido comece a inchar e mudar de cor, ficando vermelho, por exemplo.

Segundo Ana Lorena, assim que algum comportamento diferente do animal for notado, um veterinário deve ser procurado.

Precauções

Para que os casos de picada de animal peçonhento sejam evitados, é necessário que o tutor do pet preste atenção a algumas medidas para prevenir ou combater os aparecimentos dos escorpiões na residência, como evitar o acúmulo lixo e entulhos, entre eles restos de madeira ou de construção, proteger com tela os ralos e usar protetor nas portas.

CCZ afirma que serviço de vistoria em casas pode ser solicitado em caso de surgimento de escorpiões

De acordo com o CCZ, é possível que moradores da cidade solicitem vistoria nas residências em que casos de escorpiões forem muito recorrentes. “A pessoa pode ligar, solicitar o serviço, e a gente vai até lá fazer vistoria técnica. No local, são apontadas questões que favorecem abrigo e desenvolvimento do escorpião dentro da residência”, afirma Gilberto Ramalho, técnico em vigilância sanitária.

É importante também notificar o Centro de Controle de Zoonoses, pelo telefone (38) 2211-4400, para controle e monitoramento dos focos. Com essas medidas, não só os animais de estimação, mas também toda a família, estarão livres de incidentes com escorpiões.

Por G1 Grande Minas